Atenciosamente: a diferença e o impacto de um diagnóstico tardio de Autismo
Publicado Dez 03, 2023
Júlia Gomes Reis
Universidade Federal da Bahia
RESUMO
O presente texto busca abordar minha perspectiva pessoal como autista acerca de crescer sem um diagnóstico, as dificuldades encontradas nesse percurso e as mudanças sentidas após uma avaliação profissional da questão. Para tanto, explicito que ao longo dos anos pude perceber a falta de encontrar pessoas como eu e como isso me afetou, mas, antes de descobrir o Transtorno do Espectro Autista (TEA) aos 18 anos, sequer sabia o motivo de me sentir diferente. Sendo assim, escrevo com o objetivo de resgatar algumas vivências que tive da infância ao início da fase adulta para responder qual a diferença e o impacto de um diagnóstico tardio de autismo na vida de uma pessoa. Acredito que esse seja um tema importante a ser desenvolvido pois ainda existe para muitas pessoas uma conotação negativa ao redor do autismo que, a meu ver, não reflete a realidade. Dessa forma, utilizo um relato autobiográfico somado a uma pesquisa bibliográfica para explorar o tema em questão. Por fim, esclareço que o texto não busca estabelecer minha história como uma regra, afinal, cada indivíduo autista é único e não acredito que seja possível padronizar nossas experiências para além dos critérios diagnósticos.
Palavras-chave: autismo; diagnóstico tardio; diferença; autobiográfico.
Como citar
Reis, J. G. (2023). Atenciosamente: a diferença e o impacto de um diagnóstico tardio de Autismo. Revista Neurodiversidade, 4(1), 1-11.
Edição
V. 4, n. 1 (2023): Revista Neurodiversidade (ISSN 2764-5622)
Copyright ©
Todos os direitos reservados
A revista detém os direitos autorais exclusivos de publicação deste artigo nos termos da lei 9610/98.
A reprodução total é expressamente proibida.
A reprodução parcial é permitida sendo obrigatória a citação dos autores e da revista.
REFERÊNCIAS
Ferreira, M. C. (2010). A Psicologia Social contemporânea: principais tendências e perspectivas nacionais e internacionais. Psicologia: Teoria e Pesquisa. 26(n. especial), 51-64.
Freitas, I. J. (2022). Características da entrada e permanência de mulheres autistas na faculdade de educação: práticas pedagógicas para autenticidade e visibilidade. (Trabalho de Conclusão de Curso). Universidade Federal do Ceará, Faculdade de Educação, Curso de Pedagogia, Fortaleza, Brasil.
Jesus, J. G. (2012). Psicologia social e movimentos sociais: uma revisão contextualizada. Psicologia e Saber Social. 1(2), 163-186.
American Psychiatric Association. (2014). Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5 [recurso eletrônico]. (5. ed). Porto Alegre, RS: Artmed